Temas de Arquitetura


Ir para o conteúdo

Arquitetura para a Saúde

Séries Temáticas

2 - DOUTRINA DA ARQUITETURA HOSPITALAR

2.1 - FUNDAMENTOS


Os interditos sociais não perpétuos sempre se referem a temas relacionados à morte, à saúde e ao sexo. Épocas há que podemos falar em morte, mas não em sexo. Outras que não falamos em morte e sim em doenças. Outras que se fala só na vida.

Temas inerentes ao espírito humano, e todos atingidos por novos descobrimentos científicos e que frente às possibilidades antes nem imaginadas que eles mostram, planteiam cruamente novas realidades que para a moral vigente fica difícil de adotar.

Filósofos, sociólogos, psicanalistas, políticos, religiosos, artistas, cientistas se dedicam a encontrar novas normas de comportamento que assegurem os limites de novas morais e que as leis possam continuar assegurando a nossa perpetuidade na convivência social.

Arquitetos que somos, obrigação temos de elaborar as novas teorias que possam abrigar as atividades que surgem, novas ou readaptadas. Não somente no projeto e na execução de prédios como também em corpos teóricos que façam possível a transmissão organizada dos novos conhecimentos na prática criados.

A morte foi interditada e só se fala nela para ensinar como pode e deve ser evitada. Falamos em doenças, velhas renovadas e novas em folha. Arcabouços de novos medicamentos e cuidados bombardeiam diariamente a mídia. Falamos em saúde quando na realidade estamos tratando a doença que precisamente é a falta dela.

A visível e evidente intenção educativa a nível massivo que tem a mudança da palavra doença pela de saúde é válida, se acompanhada de ações simples que evitem, dentro do estatisticamente possível, o uso da rede de atenção médica.

À medicina do tratamento seguiu-lhe a medicina da prevenção. Passagem a instâncias superiores do conhecimento humano, sem dúvidas. Estágios atuais nos mostram o caminho cujo destino é a medicina curativa. A Bíblia, referencia-se ela não como única fonte e sim como uma das mais conhecidas massivamente, relata casos de cura. A modo de exemplo no Evangelho segundo São Mateus, Capítulo 8, no seu encontro com o leproso e como resposta ao pedido de cura, Jesús lhe responde simplesmente –
“Eu quero, sê curado”. Independente da veracidade do relatado importa a mensagem subjacente.

Uma vez aparecida a doença, o importante é a cura.

Temos até aqui os alicerces do enunciado de uma renovada teoria da arquitetura hospitalar que pode ser resumida na seguinte definição:

Estabelecimentos Assistencias de Saúde são espaços construídos com o fim de curar e que para tal fim, devem se comportar como verdadeiros e eficientes
instrumento terapêuticos.

Voltar para 1 - SAÚDE E DOENÇA...

Home page | Realizações | Aportes | Séries Temáticas | Español | Sobre o Autor | Fale comigo | Mapa do site


Voltar para o conteúdo | Voltar para menu principal