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Arquitetura para a Saúde

Séries Temáticas

2 - DOUTRINA DA ARQUITETURA HOSPITALAR

2.2 - TEORIA ARQUITETÔNICA

Princípios do projeto arquitetônico de Estabelecimentos Assistencias de Saúde


Suposição que é fato: construir espaços para curar não é tarefa fácil.

Os ambientes hospitalares e afins, são espaços que devem ser concebidos como de criação contínua. Também coletiva e interdisciplinar. Os conceitos de flexibilidade, frente aos câmbios necessários e inevitáveis do avanço técnico científico, deixam o arquiteto consciente da possível futura descaracterização do espaço por ele projetado.

A certeza da mudança pode levar à criação de espaços nascidos em funções vagas, indefinidas e usados como escudo que o defenda dessa “deformação”.
Renunciar ao temor que o uso de uma linguagem arquitetônica, que por definida e marcante personalize os espaços hospitalares e impeça os “futuros” acontecimentos tecnológicos, é um risco que deve ser aceito.

Devem ser mais importante os usuários de hoje, pois não é moralmente aceitável projetar e construir para quem ainda não existe malogrando o usufruto de um presente pleno. As futuras gerações arcarão com a responsabilidade de gerir suas próprias soluções.

O conceito do
crescimento aliado aos de flexibilidade e câmbio já enunciados pode ser a escolha certa na saída da encruzilhada.

A proporcionalidade entre áreas livres, construídas e terreno e a capacidade de resposta da infra-estrutura do hospital frente a novas solicitações, determinará o limite de sua ampliação.

A caracterização da
“função médico” e “da função paciente” através de suas políticas operativas e suas relações permite a criação de dois grandes tipologias espaciais: os espaços rígidos e os espaços dóceis , cujos coeficientes de dureza ou elasticidade estão dados pela posse, em maior ou menor escala respectivamente, de equipamento tecnológico ou procedimentos médicos reservados.

Os
espaços rígidos, nos que domina a tecnologia, são regidos pelo autoritarismo das funções técnicas que neles se propiciem, sendo o seu fim último a pureza operativa dos procedimentos terapêuticos.A neutralidade formal é o sucesso do seu projeto.

Os
espaços dóceis, nos que domina a função paciente, se adjetivam com a presença de elementos culturais que os compromissam com o estilo de vida atual. A sua função específica e o espaço-forma resultante se confundem em uma simbiose de tecnologia e "domesticidade", que é a sua virtude.

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